tecendo a composição
decidi escrever-te quando estás ausente. decidi que irás ouvir-me e que mudarás... todos precisamos de um ouvinte confesso confessor das nossas agonias terapeuta dos nossos desvarios todos precisamos de outro para sentir que somos e a minha angústia ganha forma em ti, em ti derramo as minhas tristezas para que não me toquem gosto de ouvir-te és a água que corre e o vento que se enrosca levemente no meu cabelo em desalinho em ti derramo as minhas tristezas e fico livre pronta para ser tomada pelo pasmo que então o mundo causa devo concentrar-me para contar-te esta história e tu deves conduzir-me pelo mar até esse país desconhecido que esconde todos os segredos enrosco-me nos teus dedos longos e sonho com êxtase redobrado sinto desvelar-se a pele e arrepiar-se o desatino
nada me pode escapar, devo envolver-me no sonho para não atrapalhar a realidade devo pensar dar forma ao compromisso devolver conteúdo ao esquisso
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