20070330

vértice

Fogo (mas não do que arde, porque já ardeu), só tu, usurpária minha, para me arrastares das cinzas
Se voltei aqui foi só para te enaltecer, não és só musa, mas toda a minha gente

Ou como digo eu quando me conheço bem, eu só estou aqui pelas feromonas.

mas de tudo isto sabes tu, e mesmo assim arriscas as riscas, e eu só não incho mais porque já não me contenho na cela
quem te fez assim? quem te fez assim tão reveladora?
contigo, tropeçar é uma surpresa, levanto-me e vejo-te
não és imune, não escondes a tristeza, ris, és extraordinariamente bela, mesmo nessa tua nova magreza
e eu, eu risca, eu risca em curva, risca em canto

só sairei do canto para me enfiar noutro, vivo no vértice, e a um passo serei miragem

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